quarta-feira, 1 de maio de 2019

dia primeiro

ao cravar-se a garra
recolhemos o corpo no
doce silvestre
de ontem
rasto silente
nunca anunciado

corremos os dedos
por toda a história
todos os antes e depois 
de absolutamente tudo
e nunca achamos
a garra que sem memória rompe
a vida toda

nas mãos
o sangue que assoma
a pele rasgada
o momento