como resistir à última maneira de dizer
talvez deixando uma nesga de fracasso
um naco de pão arrancado
repeti-lo: imperfeito!
nunca nada é infinito
nunca nada é derradeiro
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
domingo, 28 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
beira de mar
sei tudo sobre ti
esse, esse pensamento!
não falhou ao atravessar-te
como este que em ti se quedará
talvez não creias
talvez digas que as palavras são ausências
e os pensamentos omissões
que hoje foi um dia a menos
que hoje a vida é sempre
um dia a menos
se tivesses ao menos um punhado de areia
e vê-la escorrer serena por entre os dedos
e, criança outra vez, cerrar o punho
e repetir tudo de novo
esse, esse pensamento!
não falhou ao atravessar-te
como este que em ti se quedará
talvez não creias
talvez digas que as palavras são ausências
e os pensamentos omissões
que hoje foi um dia a menos
que hoje a vida é sempre
um dia a menos
se tivesses ao menos um punhado de areia
e vê-la escorrer serena por entre os dedos
e, criança outra vez, cerrar o punho
e repetir tudo de novo
ambulante
até a margem tem um centro
e nele caminha de passo incerto
como quem evita a quase queda no quase rio
a menina da borda d'água
do pudor
acaso grande aquele o de
ter um casaco escuro
corte perfeito
depois de nu ainda
o envergava
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Saturno ao espelho
virar as costas é ainda e cada vez mais
sentar-se lado a lado nas sombras
que o tempo aumenta
ponteiro ímpio
e nu
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
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