quinta-feira, 22 de maio de 2014

Para ti, 4 anos depois

olho para a curva da estrada e leio o pessoano aviso:
passou por aqui hoje e não voltou o homem com nome de mar

quinta-feira, 8 de maio de 2014

poema para colorir

anunciaste um castigo terrível
se a cor passasse da borda
que a minha mão tremeria
que tremia já e ainda
nem borda havia

desenhaste-a
forma finita e perfeita
lápis cego das limalhas
que escorregavam pela linha do real
e se perderam no papel 
e no ar que beijei com a calma de ser assim

ficou em branco a tua forma perfeita
molde pequeno para os meus olhos

preencho com mão incerta 
tudo o que fora nela
ficou