a concha das mãos serve de único abrigo ao desamparo de ser
e um verso serve apenas para fingir que as linhas
inacabadas valem mais
como se ali no fim arbitrário (a arte é uma mentira!) houvesse mais verdade! poderia continuar a repetir esta vacuidade até à exaustão das linhas ou do tempo mas acho que me fiz entender, especialmente por quem não me lê, são esses os melhores leitores, os que virão, e além disto, não posso
continuar
(verso isolado, verbo isolado, e a negativa a pungir tudo!)
e a concha?
Ah, ah, muito bonito. Doravante deixarei de ler-te para ser melhor leitora. Hmpf!
ResponderEliminar(Ainda bem, a arte é uma mentira: sendo o texto -teu- de acima arte, será mentira. Agora só falta a arte neste comentário para invalidar a verdade que nele -se- parecia conter. Vamos a isso, he!)
Nada sustém a concha das mãos, fora a ilusão do
amparo do rosto do
ser
(verbo, substantivo?)
isolado,
inacabado,
part
ido.
A concha de pedra ficará no livro de pedra para a memória, imperecedoura, de pedra, a amparar o não-ser que é. Lembras?