cinco sílabas
se as contássemos
duas mãos
que seriam quatro
e uma só
se as tivéssemos
amealho sonhos
num cofre de pedra
cubro as dívidas
com o ouro da mina
sem mapa nem terra
troco pão e água
por um pouco de chão
onde te possas sentar
a contar palavras
das sílabas
cuido eu
segunda-feira, 18 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
post-it
enquanto acho e procuro
e por esta exacta ordem
uma cadeira onde sentar
o espanto da Beatriz Alice
enquanto acho e procuro
ainda pela mesma ordem
uma moldura conivente com
sombras de terra e de sol
enquanto isso
enquanto tudo isto
com a cadeira já arrumada
e a moldura desfeita pelo vento
vem um dia lá mais para a frente
dizer-me que alguém ainda
se lembra
domingo, 10 de junho de 2012
dez e meio de junho de dois mil e doze
que farei deste dia, José?
as tágides não forjam espadas
e o ferro tem hoje caminho curto
acabada a tinta que o fez correr mundo
a revelar manhãs ao azul profundo
farei talvez o almoço
com os cravinhos-da-memória
em lume espevitadamente sereno
és servido
Subscrever:
Mensagens (Atom)