sexta-feira, 15 de março de 2013

Fernando e José

branco o voto
em verbo o ponho
pedaço de papel estorvo
à raiz da mais bela árvore do quintal
quando nele é negro o sangue que não pulsa

branco o voto
em nome o ponho
pedaço de alma mundo
pedindo o azul profundo dessa maré
que tarda em arrastarme contigo, irmão,

para o longe que mais perto soa

(sem hífen)