há um espanto nos velhos
vêem redonda a vida que estava ali
o casaco desordenado num canto se
tivessem entrado sem perguntas em alguém
a cicatriz de uma queda no mais belo penhasco se
tivessem aberto o mapa como uma criança
os olhos cansados de não dormir se
tivessem ido até ao fim do medo
o fim das amarras
o começo da viagem
e da nuvem que baila os ventos
se