segunda-feira, 25 de abril de 2011

do Tejo saem os barcos da minha infância
aqueles que me levavam sempre a outras margens
as palmeiras eram mais altas e os quintais mais labirínticos
e os primos e os homens e as mulheres da família tinham nomes exóticos
e sorriam como se tivessem segredos que tocassem na passagem do sol:
"mais tarde" diziam, e era certa a revelação de todos os mistérios
mais tarde, eu saberia