quanto devo
a quem devo?
quem sois
que eu não vos vejo?
não serem de pastorinha
os meus olhos!
e como hei-de pagar?
com o dia-a-dia,
com a vida toda?
dizem-me que devo
e se devo, quero pagar
até à última gota de sangue
meu e por laço e afinidades várias
também vosso
creio, creio num só senhor
amo e eterno credor
existirei por conta dEle e
de quem me quiser roubar
na provida esperança de
alguém que me diga
se valho,
se não valho,
para pagar
por ora,
disponho de um pescoço
ainda rijo para cortar
as mãos,
levo-as à cabeça
estranho, estranho lugar