os palmos que construo no ar
conhecem o silêncio das raízes
e quando abro impossivelmente os braços
cresces como a margem de um rio pequeno
que atravesso sempre ao entardecer
antes que a noite tudo confunda
a tua altura talvez seja
as pegadas que vou deixando na terra molhada
os frutos que vou colhendo das árvores
e o momento em que os abro e amo
a tua altura é ser dia
e estarmos nele