depois do cabo da terra
fica o fim do medo
dobramo-lo
chegamos ao outro lado
sem compasso nem glória
por globo os nossos olhos
madrugados
chegamos ao outro lado
sem compasso nem glória
por globo os nossos olhos
madrugados
arredondamos os dedos
e buscamos na manhã
o último fio de mar
dobramo-lo
passamos embarcados
pelas ilhas do cabo do sonho
aonde se pode enfim amarar
madrugadas
depois do cabo do mar
fica o fim do medo
amaramo-nos