não havia nada que não pudesse começar ali
o sol
gosto primeiro dos dias longe de casa
a luz dançante dos pinheiros
a calma tão estranha da primeira viagem
e o verde escuro das amoras escondidas
hoje, é a chuva mansa que me leva até ao Pinhal
onde tudo termina no barro triste das cinzas longas
nau sem fundo nem glória
hoje, a chuva que cresce abre as copas da memória
a uma promessa que faltou eternamente cumprir
nau de mares abertos e poetas no cais
sempre à espera do mundo melhor
abro o livro na mesma página
em que te deixei