Compasso de sangue
Espera lenta
Matriz mãe
Amarga
Desse sangue cantado
Sobram-te as veias e a garra
Noites a querer guardar o tempo
E bordas de tangos que mal aguentam
As mil quedas em que te precipitas
Desse arresto tentado
Sobram-te os voos redondos
E o passo amoroso em 4 ou 8 ou 16
Que o mestre sempre te quis livre
Tempo de um mate quente
Que se sorve lento
Ideia inviolável
Um corpo inteiramente vivo
Matéria breve
Célula mãe
Nascida
Dia arrebatado às cinzas,
Este
*Para Jorge, depois do transplante.