sabíamos que éramos imortais
a madrugada era sempre o novo dia
todos os prazeres e mistérios
inesgotáveis
de tanto serem sentidos
abertos como a boca que aprende a sede
e nós contentes na surpresa de não morrermos
na louca corrida que era sairmos para a rua livre
éramos apenas o nosso corpo
e alguns sonhos